GRAMÁTICA DEFINITIVA

GRAMÁTICA DEFINITIVA

 

Acentuação gráfica

 

1-Levam acento os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s”.

Pá, fé, nó, gás, pés, pós...

 

2-Levam acento os oxítonos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou não de “s” e os oxítonos terminados em “em”e “ens”.

Cajá, atrás, café, bebês, propôs, além, armazéns...

 

3-Levam acento as formas verbais oxítonas terminadas em “a”, “e” e “o”, ligadas a pronomes enclíticos ou mesoclíticos.

Encontrá-lo, recebê-la, dispô-los, amá-lo-ia, vendê-la-á…

 

4-Levam acento, agudo ou circunflexo, todos os proparoxítonos.

Lâmpada, êxodo, abóbada, rápido, córrego...

 

5-Levam acento os paroxítonos terminados em “r”, “x”, “n”, “ns”, “l”, “i”, “is”, “ã”, “ãs”, “ao”, “aos”, “un”, “uns”, “us”, “ps” e ditongo.

Revólver, tórax, prótons, fácil, júri, cáqui, lápis, tênis, ímã, órgão, bônus, álbuns, bíceps, fórceps, mágoa, régua, história, ódio...

 

6-Leva acento a vogal tônica dos ditongos abertos “ei” e “oi”, quando em vocábulos oxítonos.

Anéis, papéis, lençóis, herói, dói...

 

7-Leva acento a vogal tônica do ditongo aberto “eu”.

Chapéu, véu...

 

8-Atenção: os ditongos abertos “ei” e “oi” quando aparecem em vocábulos paroxítonos não são acentuados.

Ideia, jiboia, epopeia, assembleia, apoio...

 

9-Levam acento o “i”e “u” dos hiatos, quando:

9.1-forem tônicos;

9.2-vierem precedidos de vogal;

9.3-formarem sílabas sozinhos ou com “s”;

9.4-não forem seguidos de “nh”

Juízes, miúdo, faísca, balaústre...

 

10-Não são mais acentuados o “i” e o “u”tônicos dos hiatos quando precedidos de ditongo, em vocábulos paroxítonos.

Baiuca, feiura...

 

11-Não são mais acentuados os hiatos “oo”e “ee”.

Voo, enjoo, leem, creem...

 

12-Não existe mais o acento diferencial em palavra homógrafas(mesma grafia e pronuncia, mas significados diferentes), tais como:

Para (preposição)        para (verbo)

Pelo (preposição)        pelo (substantivo)

Pera (substantivo)       pera (preposição)

 

13-O trema não é mais usado.

 

 

ESTRUTURA E PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

 

INTRODUÇÃO

 

Neste tutorial iremos verificar a estrutura e a formação das palavras.

Primeiramente será estudada a estrutura da palavra, ou seja, como ela é formada. Em seguida o processo de formação das palavras.

 

ESTRUTURA DAS PALAVRAS

 

A palavra é subdivida em partes menores, chamadas de elementos mórficos.

 

Exemplo: gatinho – gat + inho

Infelizmente – in + feliz + mente

 

ELEMENTOS MÓRFICOS

 

Os elementos mórficos são:

 

Radical;

Vogal temática;

Tema;

Desinência;

Afixo;

Vogais e consoantes de ligação.

 

RADICAL

 

O significado básico da palavra está contido nesse elemento; a ele são acrescentados outros elementos.

 

Exemplo: pedra, pedreiro, pedrinha.

 

VOGAL TEMÁTICA

 

Tem como função preparar o radical para ser acrescido pelas desinências e também indicar a conjugação a que o verbo pertence.

 

Exemplo: cantar, vender, partir.

 

OBSERVAÇÃO:

 

Nem todas as formas verbais possuem a vogal temática.

 

Exemplo: parto (radical + desinência)

 

 

 

TEMA

 

É o radical com a presença da vogal temática.

 

Exemplo: choro, canta.

 

DESINÊNCIAS

 

São elementos que indicam as flexões que os nomes e os verbos podem apresentar. São subdivididas em:

 

DESINÊNCIAS NOMINAIS;

DESINÊNCIAS VERBAIS.

 

DESINÊNCIAS NOMINAIS – indicam o gênero e número. As desinências de gênero são a e o; as desinências de número são o s para o plural e o singular não tem desinência própria.

 

Exemplo: gat o

         Radical desinência nominal de gênero

 

      Gat o s

Radical d.n.g d.n.n

 

d.n.g » desinência nominal de gênero

d.n.n » desinência nominal de número

 

DESINÊNCIAS VERBAIS – indicam o modo, número, pessoa e tempo dos verbos.

Exemplo: cant á va mos

      Radical  v.t  d.m.t  d.n.p

 

v.t » vogal temática

d.m.t » desinência modo-temporal

d.n.p » desinência número-pessoal

 

AFIXOS

 

São elementos que se juntam aos radicais para formação de novas palavras. Os afixos podem ser:

 

PREFIXOS – quando colocado antes do radical;

SUFIXOS – quando colocado depois do radical

 

Exemplo:

 

Pedrada.

Inviável.

Infelizmente

 

 

 

 

VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO

 

São elementos que são inseridos entre os morfemas (elementos mórficos), em geral, por motivos de eufonia, ou seja, para facilitar a pronúncia de certas palavras.

 

Exemplo: silvícola, paulada, cafeicultura.

 

PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

 

Inicialmente observemos alguns conceitos sobre palavras primitivas e derivadas e palavras simples e compostas:

 

PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que não são formadas a partir de outras.

 

Exemplo: pedra, casa, paz, etc.

 

PALAVRAS DERIVADAS – palavras que são formadas a partir de outras já existentes.

 

Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro (derivada de ferro).

 

PALAVRAS SIMPLES – são aquelas que possuem apenas um radical.

 

Exemplo: cidade, casa, pedra.

 

PALAVRASCOMPOSTAS - são palavras que apresentam dois ou mais radicais.

 

Exemplo: pé-de-moleque, pernilongo, guarda-chuva.

 

Na língua portuguesa existem dois processos de formação de novas palavras: derivação e composição.

 

DERIVAÇÃO

 

É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas). Podem ocorrer das seguintes maneiras:

 

Prefixal;

Sufixal;

Parassintética;

Regressiva;

Imprópria.

 

PREFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo a um radical.

 

Exemplo: desfazer, inútil.

Vejamos alguns prefixos latinos e gregos mais utilizados:

 

PREFIXO LATINO

PREFIXO GREGO

SIGNIFICADO

EXEMPLOS

PREF. LATINO

PREF. GREGO

Ab-, abs-

Apo-

Afastamento

Abs ter

Apo geu

Ambi-

Anfi-

Duplicidade

Ambí guo

Anfí bio

Bi-

di-

Dois

Bí pede

Dí grafo

Ex-

Ex-

Para fora

Ex ternar

Êx odo

Supra

Epi-

Acima de

Supra citar

Epi táfio

 

SUFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um sufixo a um radical.

 

Exemplo: carrinho, livraria.

 

Vejamos alguns sufixos latinos e alguns gregos:

 

SUFIXO LATINO

EXEMPLO

SUFIXO GREGO

EXEMPLO

-ada

Paulada

-ia

Geologia

-eria

Selvageria

-ismo

Catolicismo

-ável

Amável

-ose

Micose

 

PARASSINTÉTICA – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente ao radical.

 

Exemplo: anoitecer, pernoitar.

 

OBSERVAÇÃO :

 

Existem palavras que apresentam prefixo e sufixo, mas não são formadas por parassíntese. Para que ocorra a parassíntese é necessários que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Para verificar tal derivação basta retirar o prefixo ou o sufixo da palavra. Se a palavra deixar de ter sentido, então ela foi formada por derivação parassintética. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal.

 

REGRESSIVA - processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos.

 

Exemplo: Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar)

O debate foi longo. (do verbo debater)

 

IMPRÓPRIA - processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere.

 

Exemplo: O jantar estava ótimo

 

COMPOSIÇÃO

 

É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas formas:

 

JUSTAPOSIÇÃO e AGLUTINAÇÃO.

 

JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e continua a serem faladas (escritas) da mesma forma como eram antes da composição.

 

Exemplo: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque)

 

AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia.

 

Exemplo: planalto (plano + alto)

 

Além da derivação e da composição existem outros tipos de formação de palavras que são hibridismo, abreviação e onomatopéia.

 

ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO

 

É a forma reduzida apresentada por algumas palavras:

 

Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta).

 

HIBRIDISMO

 

É a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes.

 

Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês + cracia – grego).

 

ONOMATOPÉIA

 

Consiste na criação de palavras através da tentativa de imitar vozes ou sons da natureza.

 

Exemplo: fonfom, cocoricó, tique-taque, boom!.

 

Morfologia + sintaxe = morfossintaxe

 Conceituação  

 

Substantivo:

  1. Aspecto semântico =  palavra que nomeia seres reais ou imaginários, qualidades, ações, estados, sensações, sentimentos etc.
  2. Aspecto morfológico = é variável em gênero, número e grau.
  3. Aspecto sintático = núcleo das principais funções sintáticas — sujeito, complemento verbal e nominal, adjunto adverbial e nominal, predicativo do sujeito e do objeto, aposto, vocativo e agente da passiva.

 

Artigo:

  1. Aspecto semântico = especifica ou generaliza o substantivo.
  2. Aspecto morfológico = varia em gênero e número.
  3. Aspecto sintático = determinante do substantivo — adjunto adnominal.

 

Adjetivo:

  1. Aspecto semântico =  caracteriza o substantivo indicando qualidade, estado, sensação, defeito, emoção.
  2. Aspecto morfológico = sofre variações em função do nome a que se refere, variando, assim, em gênero, número e grau.
  3. Aspecto sintático = acompanha um nome de modo direto e indireto por meio de um verbo ou locução verbal e chama-se adjunto adnominal, predicativo do sujeito e do objeto, complemento nominal.

 

Numeral:

  1. Aspecto semântico = expressa uma quantidade exata de elementos ou sua posição.
  2. Aspecto morfológico =  aceita a flexão de gênero e número de acordo ao substantivo a que se refere.
  3. Aspecto sintático = acompanha o substantivo — adjunto adnominal — e às vezes, o substitui — funções substantivas.

 

 

Pronome:

  1. Aspecto semântico = é praticamente vazio de significado, mas remete a quem fala, a quem ouve ou a um assunto que se desenvolve.
  2. Aspecto morfológico = é variável, apresentado a flexão de gênero, número e pessoa.
  3. Aspecto sintático = pode desempenhar qualquer função do substantivo.

 

Verbo:

  1. Aspecto semântico = expressa ação, mudança de estado e fenômeno climatológico.
  2. Aspecto morfológico = possui flexões para indicar  pessoa, número, tempo, modo e voz.
  3. Aspecto sintático = organiza as orações regenciando como transitivo direto, transitivo indireto, bitransitivo, intransitivo ou elemento de ligação.

 

Advérbio:

  1. Aspecto semântico =  expressa circunstância de tempo, modo, lugar, dúvida, negação, assunto, preço, companhia, afirmação, meio, exclusão, oposição, reciprocidade, substituição, intensidade.
  2. Aspecto morfológico = invariável.
  3. Aspecto sintático = modifica o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio — adjunto adverbial.  

 

Preposição:

  1. Aspecto semântico = é capaz de estabelecer relações lógicas entre as orações e as palavras — de lugar, modo, tempo, causa, companhia, instrumento, posse, assunto, matéria.
  2. Aspecto morfológico = invariável.

 

Conjunção:

  1. Aspecto semântico = estabelece relações lógicas entre orações,  introduzindo a idéia de uma delas ou de todas elas.
  2. Aspecto morfológico = invariável 

 

 

 

Flexão nominal

Gênero do substantivo

Os substantivos apresentam dois gêneros: masculino e feminino.

 

Masculino: os nomes que são antecedidos pelo artigo o: o menino, o sol, o mar, o trem.

 Feminino: os nomes que são antecedidos pelo artigo a: a carta, a menina, a caneta, a lua.

 

Flexão do gênero do substantivo

 

1-Substantivos biformes: são aqueles que apresentam duas formas para a indicação de gênero

 

1.1-Substantivos terminados em –o mudam para –a.

 Menino – menina, Gato – gata

 

1.2-Substantivos terminados em –ão mudam para –ã, -oa, -ona.

 Irmão – irmã, Leão – leoa, Chorão – chorona

 

1.3-Substantivos terminados em –or formam o feminino com o acréscimo de –a.

 Doutor – doutora, Professor – professora, Corretor – corretora

 

1.4-Pela troca da terminação -e por -a.

 Parente – parenta, Presidente – presidenta, Mestre – mestra

 

 1.5-Pelo acréscimo de -a aos substantivos terminados em –ês, -l, e –z.

 Freguês – freguesa, Oficial – oficiala, Juiz – juíza

 

1.6-Por meio de –esa, -essa e –isa aos substantivos indicadores de ocupações especiais e de títulos.

 Cônsul – consulesa, Visconde – viscondessa, Poeta – poetisa

 

1.7-Formação de feminino com palavras diferentes.

 Bode – cabra, Boi – vaca, Burro – besta, Cão – cadela, Carneiro – ovelha,Cavaleiro – amazona, Frade – freira, Veado – cerva, Zangão – abelha

 

1.8-Por formações irregulares.

Ateu – atéia, Ator – atriz, Avô – avó, Embaixador – embaixatriz, Judeu – judia, Maestro – maestrina, Marajá – marani, Réu – ré, Sultão – sultana

 

2-Substantivos uniformes: são aqueles que possuem uma só palavra para indicar o masculino e o feminino. Classificam-se em:

 

2.1-epicenos: são os nomes de animais e de plantas em que se distingue o gênero mediante o emprego das palavras macho e fêmea.

 Cobra macho, Crocodilo fêmea, Mamoeiro macho

 

2.2-comum de dois gêneros: são substantivos que possuem uma só forma para o masculino e para o feminino diferenciados pelos artigos o (masculino) e a (feminino)

 

o cliente – a cliente, o doente – a doente, o estudante – a estudante

 

2.3-sobrecomuns: são substantivos de um só gênero, que indicam homem e mulher, identificando apenas pelo contexto.

 O cônjuge, A criança, O cadáver, A testemunha

 

2.4-Substantivos podem ter significados diferentes dependendo do gênero:

 A cabeça – parte do corpo / O cabeça – o chefe

 A caixa – objeto / O caixa – pessoa

 A rádio – estação / O rádio – o aparelho

 

3-Alguns substantivos possuem mais de um feminino:

 Aldeão – aldeã, aldeoa

 Elefante – elefanta, aliá

 Ladrão – ladra, ladrona, ladroa

 

Particularidades:

 Os nomes de rios, mares, montes, pontos cardeais, letras do alfabeto e meses são masculinos.

 

Número do substantivo

 O substantivo apresenta dois números:

 

Singular – que indica apenas um ser: copo, flor, caneta.

 

Plural – que indica mais de um ser: copos, flores, canetas.

 

Plural dos substantivos simples

 

1-Substantivos terminados em vogal ou ditongo oral acrescenta-se o s:

 Gato – gatos, Série – séries

 

2-Substantivos terminados em m troca-se por ns:

 Item – itens, Álbum – álbuns

 

3-Substantivos terminados por –ão troca-se por –ões, -ães, -ãos:

 Aldeão – aldeões, Alemão – alemães, Irmão – irmãos

 

4-Substantivos terminados por –r ou –z acrescenta-se –es:

 Colher – colheres, Paz – pases

 

5-Substantivos terminados por –s (oxítonas ou monossílabos tônicos) acrescenta-se –es:

 Ás – ases, Freguês – fregueses

 

6-Substantivos terminados por –s (paroxítonos) ficam invariáveis:

 O lápis – os lápis, O vírus – os vírus

 

7-Substantivos terminados por –x ficam invariáveis:

 O clímax – os clímax, O tórax – os tórax

 

8-Substantivos terminados por –al, -el, -ol, e ul troca-se por –is:

 Varal – varais

 Túnel – túneis

 Anzol – anzóis

 Azul – azuis

 

9-Substantivos terminados por –il (oxítonas) troca-se por -is:

 Barril – barris, Cantil – cantis

 

10-Substantivos terminados por –il (paroxítonas) troca-se por –eis:

Fóssil – fósseis, Projétil – projéteis

 

Plurais dos substantivos compostos

 

1-Substantivo composto não separado por hífen acrescenta-se o s:

 Pontapé – pontapés, Passatempo – passatempos

 

2-Só o primeiro elemento vai para o plural:

 

- nos substantivos compostos ligados por preposição, clara ou subentendida. (pés-de-moleque; mulas-sem-cabeça)

 

- nos substantivos compostos por dois substantivos, em que o segundo transmite a idéia de finalidade ou semelhança. (mangas-rosas; pombos-correio)

 

3-Só o ultimo elemento vai para o plural:

 

- nos substantivos com os prefixos grão, grã, e bel. (grão-duques; grã-cruzes; bel-prazeres)

 

- nos substantivos compostos formados por verbos ou palavras invariáveis, seguidas de substantivo ou adjetivo. (ex-diretores; beija-flores;)

 

- nos substantivos ligados por três ou mais elementos não ligados por preposição. (bem-me-queres)

 

- nos substantivos compostos cujos elementos aparecem dobrados. (tico-ticos; reco-recos)

 

4-Os dois elementos vão para o plural:

 

- nos substantivos formados por substantivo+substantivo. (cartas-bilhetes)

 

- nos substantivos formados por substantivo+adjetivos. (amores-perfeitos)

 

- nos substantivos formados por adjetivo+substantivo. (gentis-homens)

 

5-Ficam invariáveis os substantivos:

 

- compostos por frases substantivas. (os bumba-meu-boi)

 

- compostos por verbos+palavra invariável. (os ganha-pouco)

 

- compostos por verbos de sentido oposto. (os vai-e-volta)

 

Flexões de grau do substantivo

 

O grau do substantivo são dois: aumentativo e diminutivo

 

Grau aumentativo

 

Quando se emprega um adjetivo que indique aumento chamamos de grau aumentativo analítico: casa grande, nariz imenso.

 

O grau aumentativo sintético acontece quando o substantivo recebe sufixos que indiquem aumento: cabeça – cabeção

 

Grau diminutivo

 

O grau diminutivo analítico acontece quando se emprega um adjetivo que indique diminuição: casa pequena, nariz pequeno.

 

O grau diminutivo sintético acontece quando o substantivo recebe sufixos que indiquem diminuição: casinha, narisinho.

 

 

Emprego do Artigo:

* especificador: o, a, os, as

* generalizador: um, uma, uns, umas

 

1-O artigo transforma qualquer palavra em substantivo;

2-Usa-se sempre artigo antes de ambos (os / as);

3-É facultativo o uso de artigo especificador antes de pronome possessivo adjetivo e de nome de pessoa;

4-Nos superlativos relativos, o artigo especificador pode vir antes ou depois do substantivo;

5-Todo (a) + artigo especificador = inteiro, sem o artigo = cada, qualquer;

6-Em locuções adverbiais em que todo (a) vem seguido de artigo especificador obrigatoriamente:

 A todo custo, a todo o galope, a todo o instante, a todo o momento, a toda a hora, em todo o caso, em toda a parte, por toda a parte...

 

 

 

 

 

 

 

Uso dos Adjetivos

 

1-Mais pequeno, sempre correto

2-Mais bom, mais mau e mais grande, corretos na coparação de características do mesmo substantivo.

 

3-Grau comparativo: transmite a idéia de igualdade, superioridade ou inferioridade de um ser em relação a outro.

 

Igualdade - tão+adjetivo+que (do que):

 Ela é tão alegre quanto (ou como) ele.

 Lídia é tão bonita quanto Raquel.

 

Superioridade – mais+adjetivo+quanto (como):

 Ele é mais alegre que (ou do que) ela.

 Lídia é mais bonita que Raquel.

 

Inferioridade – menos+adjetivo+que (do que):

 Ele é menos alegre que (ou do que) ela.

 Lídia é menos bonita que Raquel.

 

4-Superlativos sintéticos irregulares:

-ve l= -bilíssimo   saudável - saudabilíssimo

-z = -císsimo    feroz - ferocíssimo

-ão = -aníssimo    pagão - paganíssimo

-m = -níssimo      comum - comuníssimo

-io = não antecedidos de “e”= -iíssimo      sério - seriíssimo

-eio = -eíssimo       feio - feíssimo

 

5- Há superlativos formados com base na forma do ajetivo em latim; é o que acontece nos superlativos em –érrimo, terminação acrescentada a alguns adejtivos com penúltima letra –r- .

Incrível – incredibilíssimo; sagrado – sacratíssimo

Livre – libérrimo; íntegro – integérrim

 

Emprego dos Pronomes

 

Pronomes pessoais são aqueles que designam uma das três pessoas do discurso.

Exemplo: Eu fui ao cinema de táxi. (eu = 1ª pessoa do discurso)


Os pronomes pessoais são subdivididos em:
- do caso reto:
função de sujeito na oração.

Nós saímos do shopping. (nós = sujeito)
- do caso oblíquo: função de complemento na frase.
Desculpem-me. (me = objeto)

 

Os pronomes oblíquos subdividem-se em:

- átonos: nunca precedidos de preposição, são eles: o, a, os, as (objeto direto); lhe, lhes (objeto indireto); me, te, se, nos, vos (objeto direto ou indireto)

- tônicos: sempre precedidos de preposição: 

   Preposição: a, de, em, por, com, para, até, contra, desde, entre, sobre, sob etc.
Pronomes: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, si, eles, elas, conosco, convosco, comigo, contigo, consigo.(objeto indireto

 

Emprego dos pronomes pessoais:

- conosco e convosco: são utilizados na forma sintética, exceto se vierem seguidos de outros, todos, mesmos.
Queriam falar conosco.
Queriam falar com nós mesmos.


- o, a, os, as, quando precedidos de verbos transitivos diretos que terminam em –r, -s, -z, assumem a forma lo, la, los, las, e os verbos perdem aquelas terminações.
Vou pô-lo a par do assunto. (pôr + o)

- o, a, os, as, quando precedidos de verbos transitivos diretos que terminam em –m, -ão, -õe, assumem a forma no, na, nos, nas.
Fizeram-no calar.

 

- nós e vós podem ser empregados em lugar de eu e tu em situações de cerimônia ou, no caso de nós, por modéstia.
Nós, disse o papa, seguiremos os mesmos passos de nossos antecessores.
Vós sois sábio.

- vossa e sua: vossa cabe à pessoa com quem se fala; sua cabe à pessoa de quem se fala.
Vossa Excelência queira tomar a palavra. (falando com ou para uma autoridade)
Sua Excelência não compareceu. (falando de uma autoridade)

- você e os demais pronomes de tratamento comportam-se gramaticalmente como pronomes da terceira pessoa.
Você chegou atrasado para o jantar!

 

 

Pronomes Demonstrativos

 

tempo

localização de objeto

Localização de informação no texto

Posição de elemento no texto

Este, esta, isto

Presente

Com que fala ou próximo

Informação será citada

 O mais próximo

Esse, essa, isso

Passado próximo

Com quem ouve ou próximo

Informação já foi citada

O mais distante

Aquele, aquela, aquilo

Passado

distante

Distante de quem fala e quem ouve

Informação já foi citada

O mais distante

 

Pronome relativo

 é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelece relação entre duas orações.

Não conhecemos o aluno. O aluno saiu.
Não conhecemos o aluno que saiu.

Como se pode perceber, o que, nessa frase está substituindo o termo aluno e está relacionando a segunda oração com a primeira.

Os pronomes relativos são os seguintes:

Variáveis

O qual, a qual
Os quais, as quais
Cujo, cuja
Cujos, cujas
Quanto, quanta
Quantos, quantas

Invariáveis

Que (quando equivale a o qual e flexões)
Quem (quando equivale a o qual e flexões)
Onde (quando equivale a no qual e flexões)

Emprego dos pronomes relativos

1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar.

                                      preposição    pronome        termo regente
                                         exigida       relativo
                                       pelo verbo

Havia condições      

    a             

   que 

 nos opúnhamos. (opor-se a)                          

Havia condições

  com   

   que  

 não concordávamos. (concordar com)

Havia condições

  de

   que

 desconfiávamos. (desconfiar de)

Havia condições

   -

   que

 nos prejudicavam. (= sujeito)

Havia condições

 em

   que

 insistíamos. (insistir em)  

 

 

2. O pronome relativo quem se refere a uma pessoa ou a uma coisa personificada.
Não conheço a médica de quem você falou.
Esse é o livro a quem prezo como companheiro.

3. Quando o relativo quem aparecer sem antecedente claro é classificado como pronome relativo indefinido.
Quem
atravessou, foi multado.


4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de preposição.
João era o filho a quem ele amava.

5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural.
Conheço bem a moça que saiu.
Não gostei do vestido que comprei.
Eis os instrumentos de que necessitamos.

6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o (a, os, as).

Sei o que digo. (o pronome o equivale a aquilo)

7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).
Aquele é o machado com que trabalho.
Aquele é o empresário para o qual trabalho.

8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivale a do qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída.
Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.

9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.
Recolheu tudo quanto viu.

10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual.
Esta é a terra onde habito.


a) onde é empregado com verbos que não dão idéia de movimento. Pode ser usado sem antecedente.
Nunca mais morei na cidade onde nasci.

b) aonde é empregado com verbos que dão idéia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde.
As crianças estavam perdidas, sem saber aonde ir.

 

Colocação Pronominal

 

Próclise: é a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo. Usa-se a próclise, quando houver palavras atrativas. São elas:
a) Palavras de sentido negativo.
- Ela nem se incomodou com meus problemas.
b) Advérbios.
- Aqui se tem sossego, para trabalhar.
c) Pronomes Indefinidos.
- Alguém me telefonou?
d) Pronomes Interrogativos.
- Que me acontecerá agora?
e) Pronomes Relativos
- A pessoa que me telefonou não se identificou.
f) Pronomes Demonstrativos Neutros.
- Isso me comoveu deveras.
g) Conjunções Subordinativas.
- Escrevia os nomes, conforme me lembrava deles.

Mesóclise: É a colocação pronominal no meio do verbo.A mesóclise é usada:
1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.
Ex.: Realizar- se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.
Não fosse os meus compromissos, acompanhar- te-ia nessa viagem.

Ênclise: É a colocação pronominal depois do verbo.A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis:
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo.
Ex.: Quando eu avisar, silenciem- se todos.
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal.
Ex.: Não era minha intenção machucar- te.
3) Quando o verbo iniciar a oração.
Ex.: Vou- me embora agora mesmo.
4) Quando houver pausa antes do verbo.
Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo- me hoje mesmo.
5- Quando o verbo estiver no gerúndio.
Ex.: Recusou a proposta fazendo- se de desentendida.

Colocação pronominal nas locuções verbais
1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio
a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. Ex.: Haviam- meconvidado para a festa.
b) Se, antes do locução verbal, houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar. Ex.: Não me haviam convidado para a festa.
2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio:
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
Ex.: Devo esclarecer- lhe o ocorrido/ Devo- lhe esclarecer o ocorrido.
Estavam chamando- me pelo alto-falante./ Estavam- me chamando pelo alto-falante.
b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
Ex.: Não posso esclarecer- lhe o ocorrido./ Não lhe posso esclarecer o ocorrido.
Não estavam chamando-me./ Não me estavam chamando

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Verbo

 

 O  verbo indica maneiras diferentes dos fatos acontecerem.

 

 INDICATIVO » indica a certeza do fato.

 Exemplo: Eles viajam hoje.

Você chegou cedo.

 

SUBJUNTIVO » indica um fato duvidoso, hipotético.

 Exemplo: Se você jogasse, o time ganharia.

 

IMPERATIVO » indica ordem, conselho, proibição, pedido.

 Exemplo: Volte logo.

Sente aqui.

 

COMPOSIÇÃO DOS MODOS VERBAIS

 

Os modos verbais são compostos da seguinte forma:

 

MODO INDICATIVO

PRESENTE

PRETÉRITO

PRETÉRITO IMPERFEITO

PRETÉRITO PERFEITO

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

FUTURO

FUTURO DO PRESENTE

FUTURO DO PRETÉRITO





 

MODO SUBJUNTIVO

PRESENTE

PRETÉRITO IMPERFEITO

FUTURO

 

Observação: Em algumas gramáticas é possível encontrar pretérito perfeito e pretérito mais-que-perfeito no modo subjuntivo.

 

MODO IMPERATIVO

IMPERATIVO AFIRMATIVO

IMPERATIVO NEGATIVO

 

FORMAS NOMINAIS DO VERBO

 

São três as formas nominais do verbo:

 

Infinitivo » o infinitivo pode ser pessoal e impessoal e é caracterizado pela terminação --R.

Infinitivo pessoal » quando tem sujeito. Não é flexionado na 1ª e 3ª pessoas do singular e é flexionado nas demais pessoas do discurso.

 Exemplo: Cantar eu, cantar ele.

Cantarmos nós, cantardes vós, cantarem eles.

 

Gerúndio » caracterizado pela terminação -NDO

 Exemplo: cantando, vendendo, partindo

 

Particípio » caracterizado pela terminação ADO (1ª conjugação) e IDO (2ª e 3ª conjugações).

 Exemplo: cantado, vendido, partido.

 

FORMAS RIZOTÔNICAS E ARRIZOTÔNICAS

 Formas rizotônicas » são as formas verbais que o acento tônico cai no radical do verbo.

 Exemplo: canto, vendo.

 Observação: Para cada verbo existem apenas oito formas rizotônicas: eu, tu, ele e eles do presente do indicativo e eu, tu, ele e eles do presente do subjuntivo.

 Formas arrizotônicas » são formas verbais que o acento tônico cai fora do radical. Exemplo: partirás, vendemos, cantamos.

 

VOZES DO VERBO

 

A voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica ou sofre a ação expressa pela oração. São três as vozes do verbo:

 

VOZ ATIVA

VOZ PASSIVA

VOZ REFLEXIVA

 

VOZ ATIVA:  o sujeito pratica a ação expressa pela oração.

 Exemplo: A loja vendeu o automóvel.

              Sujeito agente

                 A torcida aplaudiu a seleção.

              Sujeito agente

 

VOZ PASSIVA

 

Na voz passiva o sujeito recebe a ação expressa pela oração.

 Exemplo: O automóvel foi vendido pela loja.  Sujeito paciente

 A voz passiva pode ser:  sintética ou analítica.

 

VOZ PASSIVA SINTÉTICA

 

A voz passiva sintética é formada da seguinte forma:

 Verbo transitivo direto + pronome SE (partícula apassivadora) e sujeito paciente.

 Exemplo: Vendem-se casas.

 

VOZ PASSIVA ANALÍTICA

 

A voz passiva analítica é formada da seguinte forma:

 Verbo auxiliar SER ou ESTAR + particípio do verbo principal.

 Exemplo: Casas são vendidas.

 

VOZ REFLEXIVA

 

Na voz reflexiva o sujeito pratica e recebe a ação expressa pela oração.

 Exemplo: A menina cortou-se

        Sujeito agente e paciente

 

CONCLUSÃO

verbo – palavra que indica ação, estado ou fenômeno da natureza – bem como suas conjugações – 1ª conjugação AR, 2ª conjugação ER e 3ª conjugação IR. Além do que o verbo flexiona-se da seguinte forma:

 

Número » singular e plural;

Pessoa » 1ª, 2ª e 3ª;

Tempo » presente, passado (pretérito perfeito, mais-que-perfeito, imperfeito) e futuro (futuro do presente e futuro do pretérito);

Modo » indicativo, subjuntivo e imperativo;

Voz » ativa, passiva e reflexiva.

 

CLASSIFICAÇÃO DO VERBO

Os verbos quando são conjugados apresentam variações de formas:

  1. Alterações no radical;
  2. Não possui todos os modos;
  3. Apresentam mais de um radical;
  4. Apresentam duas formas de mesmo valor. Em geral, as duas formas são mais freqüentes no particípio.

Em virtudes dessas variações classificamos os verbos em:

  1. Verbos regulares;
  2. Verbos irregulares;
  3. Verbos Anômalos;
  4. Verbos defectivos;
  5. Verbos abundantes.

VERBOS REGULARES

Os verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações em seu radical.

 

1ª conjugação:

 

Canto

Cantas

Canta

Cantamos

 

2ª conjugação:

 

Vendo

Vendes

Vende

 

3ª conjugação:

 

Parto

Partes

Parte

 

 

VERBOS IRREGULARES

 

Os verbos irregulares são aqueles que sofrem alterações, em geral, em seu radical.

 

Tenho

Tens

Tem

Temos

Tendes

Têm

 

Observação: note que o verbo TER sofreu alterações em seu radical em praticamente todas as pessoas na conjugação do presente do indicativo.

 

A seguir veremos alguns exemplos de verbos irregulares em todos os modos.

 

VERBOS IRREGULARES – 1ª CONJUGAÇÃO – DAR.

 

MODO INDICATIVO

Presente

Pretérito imperfeito

Pretérito perfeito

Pretérito mais-que-perfeito

Futuro do presente

Futuro do pretérito

Dou

Dava

Dei

Dera

Darei

Daria

Dás

Davas

Deste

Deras

Darás

Darias

Dava

Deu

Dera

Dará

Daria

Damos

Dávamos

Damos

Déramos

Daremos

Daríamos

Dais

Dáveis

Destes

Déreis

Dareis

Daríeis

Dão

Davam

Deram

Deram

Darão

Dariam

 

MODO SUBJUNTIVO

Presente

Pretérito imperfeito

Futuro

Desse

Der

Dês

Desses

Deres

Desse

Der

Demos

Déssemos

Dermos

Deis

Désseis

Derdes

Dêem

Dessem

Derem

 

MODO IMPERATIVO

Afirmativo

Negativo

Não dês

Não dê

Demos

Não demos

Daí

Não deis

Dêem

Não dêem

 

FORMAS NOMINAIS

 

Infinitivo impessoal

 DAR

 

Infinitivo pessoal

 Dar

Dares

Dar

Darmos

Dardes

Darem

 

Gerúndio

 Dando

 

Particípio

 Dado

 

VERBOS IRREGULARES – 2ª CONJUGAÇÃO – HAVER

 

MODO INDICATIVO

Presente

Pretérito imperfeito

Pretérito perfeito

Pretérito mais-que-perfeito

Futuro do presente

Futuro do pretérito

Hei

Havia

Houve

Houvera

Haverei

Haveria

Hás

Havias

Houveste

Houveras

Haverás

Haverias

Havia

Houve

Houvera

Haverá

Haveria

Havemos

Havíamos

Houvemos

Houvéramos

Haveremos

Haveríamos

Havei

Havíeis

Houveste

Houvéreis

Havereis

Haveríeis

Hão

Haviam

Houveram

Houveram

Haverão

Haveriam

 

MODO SUBJUNTIVO

Presente

Pretérito imperfeito

Futuro

Haja

Houvesse

Houver

Hajas

Houvesses

Houveres

Haja

Houvesse

Houver

Hajamos

Houvéssemos

Houvermos

Hajais

Houvésseis

Houverdes

Hajam

Houvessem

Houverem

 

MODO IMPERATIVO

Afirmativo

Negativo

Não hajas

Haja

Não haja

Hajamos

Não hajamos

Havei

Não hajais

Hajam

Não hajam

 

FORMAS NOMINAIS

 

Infinitivo impessoal

 HAVER

 

Infinitivo pessoal

 Haver

Haveres

Haver

Havermos

Haverdes

Haverem

 

Gerúndio

 Havendo

 

Particípio

 Havido

 

 

VERBOS IRREGULARES – 3ª CONJUGAÇÃO – FERIR.

 

MODO INDICATIVO

Presente

Pretérito imperfeito

Pretérito perfeito

Pretérito mais-que-perfeito

Futuro do presente

Futuro do pretérito

Firo

Feria

Feri

Ferira

Ferirei

Feriria

Feres

Férias

Feriste

Feriras

Ferirás

Feririas

Fere

Feria

Feriu

Ferira

Ferirá

Feriria

Ferimos

Feríamos

Ferimos

Feríramos

Feriremos

Feriríamos

Feris

Feries

Feristes

Feríreis

Feríreis

Feriríeis

Ferem

Feriam

Feriram

Feriram

Ferirão

Feririam

 

MODO SUBJUNTIVO

Presente

Pretérito imperfeito

Futuro

Fira

Ferisse

Ferir

Firas

Ferisses

Ferires

Fira

Ferisse

Ferir

Firamos

Feríssemos

Ferirmos

Firais

Ferísseis

Ferirdes

Firam

Ferissem

Ferirem

 

MODO IMPERATIVO

Afirmativo

Negativo

Fere

Não firas

Fira

Não fira

Firamos

Não firamos

Feri

Não firais

Firam

Não firam

 

FORMAS NOMINAIS

 

Infinitivo impessoal

 FERIR

 

Infinitivo pessoal

 Ferir

Ferires

Ferir

Ferirmos

Ferirdes

Ferirem

 

Gerúndio

 Ferindo

 

Particípio

Ferido

 

Observação: seguem a conjugação de FERIR os seguintes verbos:

Aderir, aferir, inserir, interferir, mentir, preferir, sugerir, vestir entre outros.

 

VERBOS ANÔMALOS

 

Os verbos anômalos são aqueles que apresentam mais de um radical quando são conjugados. São apenas dois: IR e SER. Abaixo as conjugações do verbo IR:

 

MODO INDICATIVO

Presente

Pretérito imperfeito

Pretérito perfeito

Pretérito mais-que-perfeito

Futuro do presente

Futuro do pretérito

Vou

Ia

Fui

Fora

Irei

Iria

Vais

Ias

Foste

Foras

Irás

Irias

Vai

Ia

Foi

Fora

Irá

Iria

Vamos

Íamos

Fomos

Fôramos

Iremos

Iríamos

Ides

Íeis

Fostes

Fôreis

Ireis

Iríeis

Vão

Iam

Foram

Foram

Irão

Iriam

 

MODO SUBJUNTIVO

Presente

Pretérito imperfeito

Futuro

Fosse

For

Vás

Fosses

Fores

Fosse

For

Vamos

Fôssemos

Formos

Vades

Fosseis

Fordes

Vão

Fossem

Forem

 

MODO IMPERATIVO

Afirmativo

Negativo

Vai

Não vás

Não vá

Vamos

Não vamos

Ide

Não vades

Vão

Não vão

 

FORMAS NOMINAIS

 

Infinitivo impessoal

 IR

 

Infinitivo pessoal

 Ir

Ires

Irmos

Irdes

Irem

 

Gerúndio

 Indo

 

Particípio

 Ido

 

VERBOS DEFECTIVOS

 

Os verbos defectivos são aqueles que não possuem a conjugação completa.

 

PRECAVER

 

MODO INDICATIVO

Presente

Pretérito imperfeito

Pretérito perfeito

Pretérito mais-que-perfeito

Futuro do presente

Futuro do pretérito

Não tem

Precavia

Precavi

Precavera

Precaverei

Precaveria

Não tem

Precavias

Precaveste

Precaveras

Precaverás

Precaverias

Não tem

Precavia

Precaveu

Precavera

Precaverá

Precaveria

Precavemos

Precavíamos

Precavemos

Precavêramos

Precaveremos

Precaveríamos

precaveis

Precavíeis

Precavestes

Precavêreis

Precavereis

Precaveríeis

Não tem

Precaviam

Precaveram

Precaveram

Precaverão

Precaveriam

 

MODO SUBJUNTIVO

Presente

Pretérito imperfeito

Futuro

Não existe conjugação no presente do subjuntivo

Precavesse

Precaver

Precavesses

Precaveres

Precavesse

Precaver

Precavêssemos

Precavermos

Precavêsseis

Precaverdes

Precavessem

Precaverem

 

No modo imperativo o verbo PRECAVER só possui a 2ª pessoa do plural do imperativo afirmativo: precavei.

 

FORMAS NOMINAIS

 

Infinitivo impessoal

 PRECAVER

 

Infinitivo pessoal

Precaver

Precaveres

Precaver

Precavermos

Precaverdes

Precaverem

 

Gerúndio

 Precavendo

 

Particípio

 Precavido

 

VERBOS ABUNDANTES

 

Os verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Em geral, essas formas são mais freqüentes no particípio. Vejamos alguns exemplos:

 

INFINITIVO

PARTICÍPIO REGULAR

PARTICÍPIO IRREGULAR

Anexar

Anexado

Anexo

Dispersar

Dispersado

Disperso

Eleger

Elegido

Eleito

Envolver

Envolvido

Envolto

Imprimir

Imprimido

Impresso

Matar

Matado

Morto

Morrer

Morrido

Morto

Pegar

Pegado

Pego

Soltar

Soltado

Solto

 

Geralmente, os particípios regulares são usados com os verbos auxiliares TER e HAVER, enquanto os particípios irregulares são usados com o verbo SER.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Categorias gramaticais invariáveis

 

Advérbio

 

Advérbio é a palavra invariável que exprime circunstância e modifica o verbo, o adjetivo e até mesmo o próprio advérbio.

 

 

Os atletas correram muito.

 

correram: verbo

 

muito: advérbio

 

Maria estava muito feliz.

 

muito: advérbio

 

feliz: adjetivo

 

 

Classificação dos advérbios

 

Os advérbios são classificados, de acordo com a circunstância que exprimem.

 

» lugar: aqui, aí, ali, cá, lá, acolá, além, longe, perto, dentro, adiante, defronte, onde, acima, abaixo, atrás, algures (= em algum lugar), alhures (=um outro lugar), nenhures (=em nenhum lugar), em cima, de cima, à direita, à esquerda, ao lado, de fora, por fora, etc.

 

» tempo: hoje, ontem, anteontem, amanhã, atualmente, brevemente, sempre, nunca, jamais, cedo, tarde, antes, depois, já, agora, ora, então, outrora, aí, quando, à noite, à tarde, de manhã, de vez em quando, às vezes, de repente, hoje em dia, etc.

 

» modo: bem, mal, assim depressa, devagar, rapidamente, lentamente, facilmente, ( e a maioria dos adjetivos terminados em    -mente), às claras, às pressas, à vontade, à toa, de cor, de mansinho, de cócoras, em silêncio, com rancor, sem medo, frente a frente, face a face, etc.

 

» afirmação: sim, decerto, certamente, efetivamente, seguramente, realmente, sem dúvida, por certo, com certeza, etc.

 

» negação: não, absolutamente, tampouco, de modo algum, de jeito nenhum, etc.

 

» intensidade: muito, pouco, mais, menos, ainda, bastante, assaz, demais, tanto, deveras, quanto, quase, apenas, mal, tão, de pouco, de todo, etc.

 

» dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, etc.

 

Advérbios interrogativos podem expressar circunstâncias de:

 

lugar: onde, aonde, de onde

 

tempo: quando

 

modo: como

 

causa: por que, por quê

 

Flexão do advérbio

 

Alguns advérbios flexionam-se no comparativo e no superlativo.

 

» grau comparativo:

 

De igualdade: tão+advérbio+quanto

 Cheguei tão cedo quanto queria.

 

De superioridade: mais+advérbio+que

 Cheguei mais cedo que queria.

 

De inferioridade: menos+advérbio+que

 Cheguei menos cedo que queria.

 

» grau superlativo:

 

Analítico:

 Minha amiga mora muito longe.

 

Sintético:

 Não a visito porque ela mora longíssimo.

 

O uso de advérbios no grau diminutivo pode indicar afetividade ou intensidade.

 Estou chegando pertinho, pertinho.

 Estive lá agorinha.

 

Locuções adverbiais

 

É a união de duas ou mais palavras que equivalem a um advérbio, forma-se de preposição mais um substantivo ou advérbio. Veja alguns exemplos:

 

 às vezes                               às escuras

 às claras                              às cegas

 às tontas                              às pressas

 vez por outra                       de tempos em tempos

 de onde em onde                 de qualquer modo

 de cima                                de cor

 de propósito                         em breve

 de quando em vez                pouco a pouco

 

Conjunção

 

Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos de uma mesma oração.

 

Joaquim escorregou e machucou a cabeça.

 Luana trouxe comida e refrigerante.

 Eu sei que você não foi à aula hoje

 

Classificação das conjunções

 

a) Conjunções coordenativas

 

Ligam duas orações independentes. São elas:

 

» aditivas: quando estabelecem uma relação de soma entre dois termos ou duas orações. São elas: e, nem, não só... mas também.

 

Carlos não veio à reunião nem ligou avisando.

 

» adversativas: estabelecem uma relação de oposição entre as orações. São elas: mas, porém, contudo, entretanto, não obstante, todavia.

 

Quero contar-lhe uma coisa mas tenho medo.

 

» alternativas: estabelecem uma relação de alternância entre as orações. São elas: ou, ora...ora, ou...ou, quer...quer, já...já, seja...seja.

 

Ora estuda, ora dorme.

 

» conclusivas: exprimem idéia de conclusão ou conseqüência entre as orações. São elas: logo, pois (posposto ao verbo), portanto, assim, por isso, por conseguinte, então.

 

O homem pensa, logo existe.

 

» explicativas: estabelece uma idéia de explicação entre duas orações. São elas: pois (anteposto ao verbo), porque, porquanto, que.

 

Ele agüentou a polêmica, pois provocou bastante.

 

b) Conjunções subordinativas

 

Ligam duas orações dependentes. São elas:

 

» temporais: exprimem idéia de tempo. São elas: quando, enquanto, depois que, logo que, sempre que, senão quando.

 

Quando você me deixou, quase morri.

 

» condicionais: exprimem condição. São elas: se, salvo se, caso, contanto que, uma vez que, dado que, a menos que.

 

Se não chover amanhã, iremos ao clube.

 

» causais: exprimem idéia de causa. São elas: porque, porquanto, visto que, visto como.

 

Janaina não comprou o carro porque não teve dinheiro.

 

» finais: exprimem idéia de finalidade. São elas: para que, a fim de que, porque (=para que), que.

 

Correu muito para que não chegasse atrasado.

 

» comparativas: estabelecem comparação. São elas: que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior), qual (depois de tal), como, assim como, bem como, que nem.

 

Ela é como sua mãe, alegre.

 

» concessivas: exprimem concessão. São elas: embora, ainda que, posto que, por muito que.

 

Embora estivesse exausta, fui trabalhar.

 

» conformativas: exprimem idéia de conformidade. São elas: como, conforme, consoante, segundo.

 

Entreguei o relatório, conforme você pediu.

 

» consecutivas: exprimem com a segunda oração uma conseqüência ou resultado do que foi declarado na primeira. São elas: tão, tal, tanto, tamanho...que.

 

A dor era tão forte que não pude sair.

 

» proporcionais: exprimem idéia de aumento ou diminuição, de simultaneidade. São elas: quanto mais...tanto mais, quanto menos...tanto menos, quanto mais, à medida que, à proporção que, quanto mais...mais, quanto mais...menos, quanto menos...mais.

 

Quanto mais se vive, mais se aprende.

 

» integrantes: introduzem a segunda oração que completa o sentido da primeira. São elas: que, se, como.

 

Espero que você seja feliz.

 

Locuções conjuntivas são duas ou mais palavras que tem o valor de conjunção. Veja algumas:

 

ainda que

 à medida que

 por conseqüência

 visto que

 

 

 

 

Preposição

 

Preposição é a palavra invariável que une termos de uma oração, estabelecendo entre eles variadas relações.

 

Marilia de Dirceu (idéia de posse)

 Poema de amor (idéia de assunto)

 

Classificação das preposições

 

As preposições podem ser:

 

» essenciais: palavras que só funcionam como preposição. São elas:

 

a           com         em           por

ante      contra      entre        sem

após      de           para         sob

trás       desde      perante    sobre

 

» acidentais: são palavras de classes diferentes que, eventualmente, desempenham função prepositiva. São elas:

 

afora        como       conforme       consoante

durante    exceto      fora              mediante

menos      salvo        segundo       visto

 

Combinação e contração da preposição

 

Combinação: a preposição não sofre perda de fonemas. Dá-se a combinação com:

 

» preposição a + artigos definidos o, os:

 

Fomos ao médico.

 

» preposição a + advérbio onde:

 

Aonde estamos indo?

 

Contração: quando a preposição sofre perda de fonemas. Dá-se a contração com as preposições:

 

 de + artigos                                         de + pronome pessoal

 de + o(s) =  do(s)                                de + ele(s)  =  dele(s)

 de + a(s)  = da(s)                                de + ela(s)  =  dela(s)

 de + um  =  dum

 de + uma  = duma

 de + uns   = duns

 de + umas  = dumas

 de + pronomes demonstrativos          de + advérbios

 de + este(s)   =  deste(s)                     de + aqui  =  daqui

 de + esta(s)   =  desta(s)                     de + aí   =   daí

 de + esse(s)  =   desse(s)                    de + ali   =  dalí

 de + essa(s)  =  dessa(s)

 de + aquele(s)   =  daquele(s)

 de + aquela(s)   =  daquela(s)

 de + isto     =   disto

 de + isso     =   disso

 de + aquilo  =   daquilo

 de + o(s)  =  do(s)

 de + a(s)  =  da(s)

 

a + artigo feminino

a + a(s)   =  à(s)

 

Locuções prepositivas

 

É a união de duas ou mais palavras com função de preposição. Veja os exemplos:

 

 abaixo de               junto a

 antes de                 por cima de

 a respeito de         a fim de

 defronte de           a par de

 em vez de             debaixo de

 por baixo de         diante de

 acima de               por detrás de

 ao lado de             para com

 depois de              além de

 apesar de              por diante de

 em torno de          por causa de

 

Interjeição

 

Interjeição é a palavra invariável usada para exprimir emoções e sentimentos. Uma interjeição pode ser usada para expressar as mais diversas emoções, mas, relacionemos as principais interjeições e seus estados emocionais correspondentes:

 

» advertência: Alerta! Atenção! Calma! Cuidado! Devagar! Fogo! Olha! Sentido! Calma!

 » afugentamento: Fora! Passa! Sai! Rua! Xô!

 » alegria: Ah! Eh! Oh! Oba! Viva! Aleluia!

 » animação: Avante! Eia! Vamos! Coragem! Força!

 » aplauso: Apoiado! Bravo! Bis! Parabéns! Isso!

 » chamamento: Oi! Ô! Olá! Alô! Psit!

 » desejo: Que me dera! Se Deus quiser! Oxalá! Tomara!

 » dor: Ah! Oh! Ai! Ui!

 » espanto: Puxa! Oh! Xi! Uai! Ué!

 » silêncio: Psiu! Pst! Silêncio! Quieto!

 » concordância: Claro! Ótimo! Sim!

 » desacordo: Ora! Barbaridade!

 » pena: coitado!

 » satisfação: Boa! Oba! Opa! Upa!

 » saudação: Olá! Oi! Salve! Adeus!

 

Locução interjeitiva

 

São duas ou mais palavras com valor de interjeição. Veja alguns exemplos:

 

 

Meu Deus!      Puxa vida!

 Ora bolas!      Que pena!

 

Ora essa!       Cruz-credo!

 Santo Deus!   Pobre de mim!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Termos da oração

 

Classificação do sujeito:

 

     I. Simples: tem um único núcleo.
Exemplo: O velho navio aproximava-se do cais.

II. Composto: tem dois ou mais núcleos
Exemplo: As ruas e as praças estão vazias.

III. Oculto, elíptico ou desinencial: o sujeito pode ser identificado pela desinência do verbo ou pelo contexto em que aparece.
Exemplo: Voltarás para casa (sujeito: tu)

IV. Indeterminado: Quando não é possível determinar o sujeito. Com verbos na 3ª pessoa do plural sem referência a elemento anterior.
Exemplo: Atualmente, espalham muitos boatos.
Com verbo na 3ª pessoa do singular + se (em orações que não admitem a voz passiva analítica)
Exemplo: Precisou-se de novos professores.

 

  • Orações sem sujeito:
  • I. Verbo haver significando existir, acontecer e indicando tempo passado.
    Exemplos:
    Aqui já houve grandes festas.
    Amanhã faz dez anos que ele partiu.
  • II. Verbo ser indicando tempo, horas, datas e distâncias.
    Exemplo: Agora são cinco e doze da tarde.
  • III. Verbos indicativos de fenômenos da natureza.
    Exemplo: Ontem à tarde, ventou muito aqui.

 

Predicado

É tudo que se diz do sujeito. (Retirando o sujeito, o que fica na oração é o Predicado.)

Predicado verbal:

Apresenta verbos sem ligação.
Apresenta predicativo (só do sujeito).
O núcleo é predicativo.
Exemplo: Eles estavam furiosos.

 

Predicado verbo-nominal:

Apresenta verbo significativo
Apresenta predicativo (do sujeito ou de objeto)
Dois núcleos: o verbo e o predicativo.
Exemplos:
Eles invadiram furiosos a loja.
Todos consideram ruim o filme.

 

Verbo significativo

Expressa uma ação, ou um acontecimento.
Exemplo:
"O sol nasce pra todos, todo dia de manhã..." (Humbeto Gessinger)
"Enquanto a vida vai e vem, você procura achar alguém.." (Renato Russo)

 

Temos relacionados ao verbo

I. Objeto direto:

a) Funciona como destinatário/receptor do processo verbal.
b) Completa o sentido do verbo transitivo direto
c) Pode ser trocado por o, a, os, as.
d)
A oração admite voz passiva.
Exemplo: Muitas pessoas viram o acidente

 

II. Objeto indireto:

a) Funciona como destinatário/receptor do processo verbal.
b) Completa o sentido do verbo transitivo indireto.
c) Apresenta-se sempre com preposição
d) A oração não admite voz passiva.
Exemplo: Todos discordam de você.

 

III. Agente da passiva:

a) Pratica a ação verbal na voz passiva.
b) Corresponde ao sujeito da voz ativa.
c) Iniciado por preposição: por, pelo ou de.
Exemplo: O deputado foi vaiado pelos sem terra.

 

IV. Adjunto adverbial:

a) Acrescenta ao verbo cirscunstâncias de tempo, lugar, modo, dúvida, causa, intensidade

 

      Termos Relacionados a nomes

I. Adjunto adnominal:

a) Determina, qualifica ou caracteriza o nome a que se refere.
b) Pode se referir a qualquer termo da oração (sujeito, objeto, etc.)
Exemplo: As três árvores pequenas secaram.

 

II. Predicativo:

a) Exprime uma característica/qualidade atribuída ao sujeito ou ao objeto.
b) Liga-se ao sujeito ou ao objeto através de verbo de ligação (claro ou subtendido)
Exemplo:
Toda a cidade estava silenciosa.
Elegeram José representante de turma.

 

 

 

III. Complemento nominal:

a) Completa o sentido de nomes (substantivos abstratos, advérbios) de sentido incompleto.
b) Sempre com repetição.
Exemplo: Ninguém ficou preocupado com ele.

 

 

IV. Aposto:

a) Detalha, caracteriza melhor, explica ou resume o nome a que se refere.
Exemplo: O Flamengo, time carioca, ganhou ontem.

 

V. Vocativo:

a) Usado para "chamar" o ser com quem se fala.
b) Na escrita, vem sempre isolado por vírgula(s)
Exemplo: Era a primeira vez, meu amigo, que eu a encontrava.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Período composto por coordenação

No período composto por coordenação, as orações se ligam pelo sentido, mas não existe dependência sintática entre elas.

As orações coordenadas de subdividem em:

  • Assindéticas- Não são introduzidas por conjunção.
    Ex.: Trabalhou, sempre irá trabalhar.
  • Sindéticas- São introduzidas por conjunção. Esse tipo de oração se subdivide em: 

1- Aditiva: idéia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e, nem, (não somente) ...como também.
Ex.: O professor não somente elaborou exercícios como também uma extensa prova.

2- Adversativa: idéia de contraste, oposição. Principais conjunções usadas: mas, contudo, entretanto, porém...
Ex.: O professor elaborou um exercício simples, mas a prova foi bastante complexa.

3- Alternativa: idéia de alternativa, exclusão. Principais conjunções usadas: quer...quer, ora...ora, ou...ou.
Ex.: Ou o professor elabora o exercício ou desiste de aplicar a prova.

4- Conclusiva: idéia de dedução, conclusão. Principais conjunções usadas: portanto, pois, logo... 
Ex.: O professor não elaborou a prova, logo não poderá aplicá-la na data planejada. 

5- Explicativa: idéia de explicação, motivo. Principais conjunções usadas: pois, porque.
Ex.:O professor não elaborou a prova, porque ficou doente

Período composto subordinado

No período subordinado, existem pelo menos uma oração principal e uma subordinada.A oração principal é sempre incompleta, ou seja, alguma função sintática está faltando.As orações subordinadas desempenham a função sintática que falta na principal: objeto direto, indireto, sujeito, predicativo, complemento nominal...

Ex.: O rapaz gostava / de que todos olhassem para ele.

Oração principal: O rapaz gostava
Oração subordinada: de que todos olhassem para ele.

A oração principal está incompleta, falta objeto indireto para o verbo gostar, o oração subordinada desempenha a função de objeto indireto da principal.

As orações subordinadas se subdividem em:

As orações subordinadas substantivas podem ser:

1- Orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Exercem a função de objeto direto do verbo da oração principal.
Ex.: "Paulo José observa que o anti-heroísmo é uma característica forte dos personagens da cultura latino-americana. (EM. 01.10.00)

2- Orações subordinadas substantivas objetivas indiretas
Exercem a função de objeto indireto do verbo da oração principal.
Ex.: A nova máquina necessitava de que os funcionários supervisionassem mais o trabalho.  

3- Orações subordinadas substantivas predicativas
Exercem a função de predicativo do sujeito da oração principal.
Ex.: Meu consolo era que o trabalho estava no fim.

4- Orações subordinadas substantivas subjetivas
Exercem a função de sujeito da oração principal.
Ex.: É difícil que ele venha.

5- Orações subordinadas substantivas completivas nominais
Exercem a função de complemento nominal da oração principal.
Ex.: Sua falha trágica é a dificuldade de ser maleável em relação à realidade.

6- Orações subordinadas substantivas apositivas
Exercem a função de aposto de algum nome da oração principal.
Ex.:Há nas escolas uma norma: que os alunos são respeitados

 

Orações subordinadas adjetivas

1- Restritivas
Exercem a função de adjunto adnominal da oração principal, restringem o nome ao qual se referem, não são separadas por vírgulas.
Ex.: O trabalho que realizei ontem foi produtivo.

2- Explicativas
Exercem a função de aposto da oração principal, explicam o nome ao qual se referem, são sempre separadas por vírgulas.
Ex.: O computador, que é um meio rápido de comunicação, está conquistando todas as famílias

Período composto subordinado adverbial

1- Causais
Expressam a causa da conseqüência expressa na oração principal.
Ex.: Chegou atrasado ao encontro, porque estava em uma reunião.

2- Consecutivas
Expressam a conseqüência, o resultado da causa expressa na oração principal.
Ex.: A reunião atrasou tanto que ele se atrasou para o encontro.

3- Proporcionais
Expressam proporção.
Ex.: À medida que a reunião avançava, ele se atrasava para o encontro.

4- Temporais
Expressam tempo.
Ex.: Logo que ele chegou, arrumou os trabalhos.

5- Finais
Expressam finalidade, objetivo.
Ex.: Professores, tenham mais argumentos para pedir aumento salarial.

6- Condicionais
Expressam condição, obstáculo.
Ex.: Se ele partir, o projeto será cancelado.

7- Comparativas
Expressam comparação.
Ex.: Sua família é tão importante quanto seu trabalho.

8- Concessivas
Expressam uma concessão.
Ex.: Mesmo que trabalhe muito, não será recompensada.

9- Conformativas
Expressa um acordo, uma conformidade.
Ex.: Segundo havíamos combinado, o viagem será cancelada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Concordância Verbal

1) Sujeito simples

Regra geral: o verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
Ex.: Nós vamos ao cinema.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para concordar com o sujeito (nós).

Casos especiais:
a) O sujeito é um coletivo- o verbo fica no singular.
Ex.:A multidão gritou pelo rádio

b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos alunos foram à excursão.

c) O sujeito é um pronome de tratamento- o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram silêncio.

d) O sujeito é o pronome relativo que – o verbo concorda com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que derramamos o café.

e) O sujeito é o pronome relativo quem- o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem derramei o café.

f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de nós, poucos de vós, quais de ..., quantos de ..., etc.- o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós).
Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me punireis?

g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem no plural- se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará  no singular. Caso venha antecipado de artigo, o verbo concordará com o artigo.
Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados Unidos são a maior potência mundial.

h)  O sujeito é formado pelas expressões mais de um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda com o numeral.
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de cinco alunos não compareceram à aula.

i) O sujeito é constituído pelas expressões a maioria, a maior parte, grande parte, etc.- o verbo poderá ser usado no singular ( concordância lógica) ou no plural (concordância atrativa).Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos candidatos desistiram.

j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido coletivo)- o verbo poderá ser usado no singular ou plural se este vier afastado do substantivo.
Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a violência da rua, permanecem em casa.

 2) Sujeito composto

Regra geral: o verbo vai para o plural.                        
Ex.: João e Maria foram passear no bosque.

Casos especiais:
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas gramaticais diferentes-  o verbo ficará no plural seguindo-se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos ( 1ª pessoa plural) amigos.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.
Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis ( 2ª pessoa do plural) amigos.
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade sob a 3ª.

b) Os núcleos do sujeito estão coordenados assindeticamente ou ligados por e - o verbo concordará com os dois núcleos.
Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé.

c)  Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase) e estão no singular - o verbo poderá ficar no plural (concordância lógica) ou no singular (concordância atrativa).
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se concentrar./ A angústia e ansiedade não o ajudava a se concentrar.

d)  Quando há gradação entre os núcleos- o verbo pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas com o núcleo mais próximo.
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma palavra, um gesto, um olhar bastava.

e)  Quando os sujeitos forem resumidos por nada, tudo, ninguém... - o verbo concorda com o aposto resumidor.
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o comoveu.

f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões um e outro, nem um nem outro...- o verbo poderá ficar no singular ou no plural.
Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.

g)  Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados por ou- o verbo irá para o singular quando a idéia for de exclusão e plural quando for de inclusão.
Ex.: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)
A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao homem. (adição, inclusão)

h)  Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries correlativas (tanto...como/ assim...como/ não só...mas também, etc.) - o mais comum é o verbo ir para o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos estiverem no singular.
Ex.: Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições municipais em São Paulo./ Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições municipais em São Paulo.

 Outros casos:
1)     Partícula SE:
a-     Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto) concordará com o sujeito passivo.
Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.
b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo (transitivo indireto) ficará obrigatoriamente no singular.
Ex.: Precisa-se de secretárias.
Confia-se em pessoas honestas.

2)     Verbos impessoais
São aqueles que não possuem sujeito, ficarão sempre na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Havia sérios problemas na cidade.
Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
Deve haver sérios problemas na cidade.
Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar

3)     Verbos dar, bater e soar
Quando usados na indicação de horas, têm sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...) e com ele devem concordar. 
Ex.: O relógio deu duas horas.
Deram duas horas no relógio da estação.
Deu uma hora no relógio da estação.
O sino da igreja bateu cinco badaladas.
Bateram  cinco badaladas no sino da igreja.
Soaram dez badaladas no relógio da escola.

4)     Sujeito oracional
Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Ainda falta/ dar os últimos retoques na pintura.

5)     Concordância com o infinitivo
a)     Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração: 
- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado por pronome pessoal oblíquo átono.
Ex.: Esperei-as chegar.
-   é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por pronome átono e se o verbo da oração determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinônimos).
Ex.: Mandei sair os alunos./Mandei saírem os alunos.
- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for diferente de pronome átono e determinante de verbo não causativo nem sensitivo.
Ex.: Esperei saírem todos.

b)  Infinitivo pessoal e sujeito oculto
- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição com valor de gerúndio.
Ex.: Passamos horas a comentar o filme.(comentando)
- é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito for idêntico ao da oração principal.
Ex.: Antes de (tu)responder, (tu) lerás o texto./Antes de (tu )responderes, (tu) lerás o texto.
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e está indicado por algum termo do contexto.
Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o direito de contestarmos.
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito diferente do sujeito da oração principal e não está indicado por nenhum termo no contexto.
Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.

c)   Quando o infinitivo pessoal está em uma locução verbal
-  não se flexiona o infinitivo sendo este o verbo principal da locução verbal quando devida à ordem dos termos da oração sua ligação com o verbo auxiliar for nítida.
Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.
- é facultativa a flexão do infinitivo sendo este o verbo principal da locução verbal, quando o verbo auxiliar estiver afastado ou oculto.
Ex.: Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidar e reclamar dela./
Não devemos, depois de tantas provas de honestidade, duvidarmos e reclamarmos dela.

6) Concordância com o verbo ser:
a- Quando, em predicados nominais, o sujeito for representado por um dos pronomes TUDO, NADA, ISTO, ISSO, AQUILO: o verbo ser ou parecer concordarão com o predicativo.
Ex.: Tudo são flores./Aquilo parecem ilusões.

b-   O verbo ser concordará com o predicativo quando o sujeito for os pronomes interrogativos QUE ou QUEM.
Ex.: Que são gametas?/ Quem foram os escolhidos?

c-   Em indicações de horas, datas, tempo, distância: a concordância será com a expressão numérica
Ex.: São nove horas./ É uma hora.

d- Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o pronome.
Ex.: Aqui o presidente sou eu.

e-  Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se fará com o predicativo.
Ex.: O menino era as esperanças da família.

f-  Nas locuções é pouco, é muito, é mais de, é menos de junto a especificações de preço, peso, quantidade, distância e etc, o verbo fica sempre no singular.
Ex.: Cento e cinqüenta é pouco./ Cem metros é muito.

g-  Nas expressões do tipo ser preciso, ser necessário, ser bom o verbo e o adjetivo podem ficar invariáveis, (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo no masculino singular) ou concordar com o sujeito posposto.
Ex.: É necessário aqueles materiais./ São necessários aqueles materiais.

h- Na expressão é que, usada como expletivo, se o sujeito da oração não aparecer entre o verbo ser e o que, ficará invariável.Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.
Ex.: Eles é que sempre chegam atrasados./ São eles que sempre chegam atrasados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Concordância nominal

Regra geral: o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo  concordam com o substantivo a que se referem em gênero e número.
Ex.: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher irresistivelmente alta.

Concordâncias especiais:
Ocorrem quando algumas palavras variam sua classe gramatical, ora se comportando como um adjetivo (variável) ora como um advérbio (invariável).

 Mais de um vocábulo determinado
1- Pode ser feita a concordância gramatical ou a atrativa.
Ex.: Comprei um sapato e um vestido pretos. (gramatical, o adjetivo concorda com os dois substantivos)
Comprei um sapato e um vestido preto. (atrativa, apesar do adjetivo se referir aos dois substantivos ele concordará apenas com o núcleo mais próximo)

 Um só vocábulo determinado
1- Um substantivo acompanhado (determinado) por mais de um adjetivo: os adjetivos concordam com o substantivo
Ex.: Seus lábios eram doces e macios.

 2- Bastante- bastantes
Quando adjetivo, será variável e quando advérbio, será invariável
Ex.: Há bastantes motivos para sua ausência. (bastantes será adjetivo de motivos)
Os alunos falam bastante. ( bastante será advérbio de intensidade referindo-se ao verbo)

3- Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio
São adjetivos que devem concordar com o substantivo a que se referem.
Ex.: A fotografia vai anexa ao curriculum.
Os documentos irão anexos ao relatório.

Envio-lhes, inclusas, as certidões./ Incluso segue o documento.
A professora disse: muito obrigada./ O professor disse: muito obrigado.
Ele mesmo fará o trabalho./ Ela mesma fará o trabalho.

4- Muito, pouco, caro, barato, longe, meio, sério, alto
São palavras que variam seu comportamento funcionando ora como advérbios (sendo assim invariáveis) ora como adjetivos (variáveis).

Ex.: Os homens eram altos./ Os homens falavam alto.
Poucas pessoas acreditavam nele./ Eu ganho pouco pelo meu trabalho.
Os sapatos custam caro./ Os sapatos estão caros.
A água é barata./ A água custa barato.
Viajaram por longes terras./ Eles vivem longe.
Eles são homens sérios./ Eles falavam sério.
Muitos homens morreram na guerra./ João fala muito.
Ele não usa meias palavras./ Estou meio gorda.

5 - É bom, é necessário, é proibido
Só variam se o sujeito vier precedido de artigo ou outro determinante.
Ex.: É proibido entrada de estranhos./ É proibida a entrada de estranhos.
É necessário chegar cedo./ É necessária sua chegada.

6 - Menos, alerta, pseudo
São sempre invariáveis.
Ex.: Havia menos professores na reunião./Havia menos professoras na reunião.
O aluno ficou alerta./ Os alunos ficaram alerta.
Era um pseudomédico./ Era uma pseudomédica.

7 - Só, sós
Quando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios serão invariáveis.
Ex.: A criança ficou ./ As crianças ficaram sós. (adjetivo)
Depois da briga, restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio)

8 - Concordância dos particípios
Os particípios concordarão com o substantivo a que se referem.
Ex.: Os livros foram comprados a prazo./ As mercadorias foram compradas a prazo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Regência Verbal

- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em.
Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.

2- Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em.
Ex.: Ele mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.

3- Namorar – não se usa com preposição.
Ex.: Joana namora Antônio.

4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a.
Ex.: As crianças obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor.

5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com.
Ex.: Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de História.

6- Preferir -  este verbo exige dois complementos sendo que um usa-se sem preposição e o outro com a preposição a.
Ex.: Prefiro dançar a fazer ginástica.

Verbos que apresentam mais de uma regência

1 - Aspirar
a- no sentido de cheirar, sorver: usa-se sem preposição. Ex.: Aspirou o ar puro da manhã.
b- no sentido de almejar, pretender: exige a preposição a. Ex.: Esta era a vida a que aspirava.

2 - Assistir
a) no sentido de prestar assistência, ajudar, socorrer: usa-se sem preposição. Ex.: O técnico assistia os jogadores novatos.

b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição a.
Ex.: Não assistimos ao show.

c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposição a.
Ex.: Assiste ao homem tal direito.

d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige a preposição em.
Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.

3 - Esquecer/lembrar
a- Quando não forem pronominais: são usados sem preposição. 
Ex.: Esqueci o nome dela.

b- Quando forem pronominais: são regidos pela preposição de.
Ex.: Lembrei-me do nome de todos.

4 - Visar
a) no sentido de mirar: usa-se sem preposição. Ex.: Disparou o tiro visando o alvo.

b) no sentido de dar visto: usa-se sem preposição. Ex.: Visaram os documentos.

c) no sentido de ter em vista, objetivar: é regido pela preposição a.
Ex.: Viso a uma situação melhor.

5 - Querer
a) no sentido de desejar: usa-se sem preposição. Ex.: Quero viajar hoje.

b) no sentido de estimar, ter afeto: usa-se com a preposição a. 
Ex.: Quero muito aos meus amigos.

6 - Proceder
a) no sentido de ter fundamento: usa-se sem preposição.
Ex.: Suas queixas não procedem.

b) no sentido de originar-se, vir de algum lugar: exige a preposição de.
Ex.: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo.

c) no sentido de dar início, executar: usa-se a preposição a.
Ex.: Os detetives procederam a uma investigação criteriosa.

7 - Pagar/ perdoar
a) se tem por complemento palavra que denote coisa: não exigem preposição. Ex.: Ela pagou a conta do restaurante.

b) se tem por complemento palavra que denote pessoa: são regidos pela preposição a. Ex.: Perdoou a todos,

8 - Informar
a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação: admite duas construções:

   1) objeto direto de pessoa e indireto de coisa (regido pelas preposições de ou sobre). Ex.: Informou todos do ocorrido.
   2) objeto indireto de pessoa ( regido pela preposição a) e direto de coisa. Ex.: Informou a todos o ocorrido.

9 - Implicar
a) no sentido de causar, acarretar: usa-se sem preposição.
Ex.: Esta decisão implicará sérias conseqüências.

b) no sentido de envolver, comprometer: usa-se com dois complementos, um direto e um indireto com a preposição em.
Ex.: Implicou o negociante no crime.

c) no sentido de antipatizar: é regido pela preposição com.
Ex.: Implica com ela todo o tempo.

10- Custar
a) no sentido de ser custoso, ser difícil: é regido pela preposição a. Ex.: Custou ao aluno entender o problema.

b) no sentido de acarretar, exigir, obter por meio de: usa-se sem preposição. Ex.: O carro custou-me todas as economias.

c) no sentido de ter valor de, ter o preço: usa-se sem preposição.
Ex.: Imóveis custam caro.

Regência Nominal

Alguns nomes também exigem complementos preposicionados. Conheça alguns:

 

 acessível a

acostumado a, com

adaptado a, para

afável com, para com

aflito com, em, para, por

 agradável a

alheio a, de

alienado a, de

alusão a

 amante de

 análogo a

 ansioso de, para, por

 apto a, para

 atento a, em

 aversão a, para, por

 ávido de, por

 benéfico a

 capaz de, para

 certo de

 compatível com

 compreensível a

 comum a, de

 constante em

 contemporâneo a, de

 contrário a

 curioso de, para, por

desatento a

 descontente com

 desejoso de

 desfavorável a

 devoto a, de

 diferente de

 difícil de

 digno de

 entendido em

 equivalente a

 erudito em

 escasso de

 essencial para

estranho a

fácil de

favorável a

 fiel a

 firme em

 generoso com

 grato a

 hábil em

 habituado a

 horror a

 hostil a

 idêntico a

 impossível de

 impróprio para

 imune a

 incompatível com

 inconseqüente com

 indeciso em

 independente de, em

 indiferente a

 indigno de

 inerente a

 insaciável de

 leal a

 lento em

 liberal com

 medo a, de

 natural de

 necessário a

 negligente em

 nocivo a

 ojeriza a, por

 paralelo a

 parco em, de

 passível de

 perito em

 permissivo a

 perpendicular a

 pertinaz em

 possível de

 possuído de

 posterior a

 preferível a

 prejudicial a

 prestes a

 propenso a, para

 propício a

 próximo a, de

 relacionado com

 residente em

 responsável por

 rico de, em

 seguro de, em

 semelhante a

 sensível a

 sito em

 suspeito de

 útil a, para

 versado em

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pontuação

1. Vírgula (,)

É usada para:

a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O menino berrou, chorou, esperneou e, enfim, dormiu.

Nesta oração, a vírgula separa os verbos.

b) isolar o vocativo: Então, minha cara, não há mais o que se dizer!

c) isolar o aposto: O João, ex-integrante da comissão, veio assistir a reunião.

d) isolar termos antecipados, como: complemento ou adjunto:

1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele copo suado! (antecipação de complemento verbal)

2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos sair! (antecipação de adjunto adverbial)

e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

f) separar os nomes dos locais de datas: Brasília, 30 de janeiro de 2009.

g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é muito mais do que esperava.

2. Ponto final (.)

É usado ao final de frases para indicar uma pausa total:

a) Não quero dizer nada.
b) Eu amo minha família.

E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., adj., obs. .

3. Ponto-e-vírgula

É usado para:

a) separar itens enumerados:
A Matemática se divide em:
- geometria;
- álgebra;
- trigonometria;
- financeira.

b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada, apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.

4. Dois-pontos

É usado quando:

a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala:

Ele respondeu: não, muito obrigado!

b) se quer indicar uma enumeração:

Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com seus colegas, não responda a professora.

5. Aspas

São usadas para indicar:

a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09)

b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Nada pode com a propaganda de “outdoor”.

6. Reticências

São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar idéia de continuidade ao que se estava falando:

a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,
O bem que neste mundo mais invejo?
O brando ninho aonde o nosso beijo
Será mais puro e doce que uma asa? (...)

b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...
c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...

7. Parênteses

São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações.

Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, usa-se vírgulas).

Usamos o travessão nos seguintes casos:

1.
Iniciar a fala de uma personagem:

Exemplo: A menina enfim disse:

- Não vamos nos preocupar com o porvir porque vamos dar nosso melhor hoje!

2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:

- Vou fazer exercícios e preocupar mais com minha saúde.
- Farei o mesmo.

3. Para enfatizar alguma palavra ou expressão em um texto ou em substituição à vírgula:

a) O grupo teatral – super elogiado pela imprensa – estava deixando o hotel esta manhã.
b) Luiz Inácio - presidente da república – não pode se candidatar para uma nova eleição!

Usa-se aspas:

a) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos.

Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira” o tempo todo, mas não há providências.
Por favor, antes de sair, faça um “backup”!
Ele mora lá nos “cafundó do Judas”!

b) Antes ou depois de citações. (*)

Exemplos: Neste sábado, 31/01/09, o ministro do Trabalho disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 460,00: "Esse aumento representa beneficiar mais de 45 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas".

"É importante que os países ricos não esqueçam nunca que foram eles que inventaram essa história de que o comércio poderia fluir livremente pelo mundo. Não é justo que agora, que eles entraram em crise, esqueçam o discurso do livre comércio e passem a ser os protecionistas que nos acusavam de ser", disse Lula no Fórum Social Mundial, em Belém.

* textos retirados ou baseadas em reportagens da Folha Online.

c) Para assinalar palavras ou expressões irônicas.

Exemplos: Eles se comportaram “super” bem.
Sim, porque são uns “anjinhos”.

 

Funções do “que”, “se” e “como”

 

QUE

 

1- SUBSTANTIVO:Com o sentido de algo, alguma coisa(como substantivo deve ser acentuado)
Ex: Ele tem um quê de misterioso. Todos os gênios têm um quê de loucos.

2- PRONOME ADJETIVO:
A)- INTERROGATIVO: Que recado me deste ontem?
B)- EXCLAMATIVO: Que silêncio maravilhoso!
C)- INDEFINIDO: (quanto + variações) Que injúrias lhe dirigiu ele!

3- PRONOME SUBSTANTIVO RELATIVO: Refere-se a um termo anterior que ele representa.
Ex: A bicicleta que eu comprei era amarela. (sintaticamente= objeto direto)
O aluno que é seu irmão é muito inteligente. (sintaticamente= sujeito)
A casa em que moro é muito pobre. (sintaticamente= adjunto adverbial de lugar)
O aluno por que eu rezei é muito meu amigo. (sintaticamente= adjunto adverbial de favor)
O livro a que me refiro é muito caro. (sintaticamente= Objeto indireto)
A finalidade para que eu vim é a melhor possível.(sintaticamente= Adjunto adverbial de fim)
( Que = pronome relativo = o qual + variantes)

4- PRONOME SUBSTANTIVO INDEFINIDO INTERROGATIVO: Com o sentido de “Que coisa?”
Ex: Que me disseste ontem? (sintaticamente= Objeto direto)

5- PREPOSIÇÃO: “Que” substituindo a preposição “de” na perífrase : “ter de...”
Ex: Eu tive que fazer minha obrigação.

6- ADVÉRBIO: A)- DE MODO (“que”= como): Ex: Que assustador era aquele monstro.
B)- DE INTENSIDADE (“que= quanto): Que enganados andam os homens!

7- PARTÍCULA OPTATIVA: Dá sentido optativo às orações conshderadas independentes.
Ex: Que Deus o abençoe!

8- PARTÍCULA ENFÁTICA:(DE REALCE, ou EXPLETIVA, não tendo, assim, função na oração)
Ex: Há anos que não o vejo. (Há anos não o vejo.) - Trata-se, nesta frase, de mero adorno.
Aparece constantemente nas expressões: é que, foi que, era que, será que, seria que...
Ex: Eu é que dei o recado. - Será que vai chover? - Isso é que é... (uma oração só)

9- INTERJEIÇÃO: Como o substantivo, aqui também ele é acentuado.
Ex: Quê! Vocês se revoltam?

10- PARTÍCULA ITERATIVA: (iterum= outra vez) Vem repetido por ênfase e realce.
Ex: “Ai que saudades que tenho...” - Que felicidade que vocês me trazem!


QUE = CONJUNÇÃO COORDENATIVA

1- ADITIVA: (Com valor de “e”) : Ex: Bate que bate. - Mexe que mexe.

2- ALTERNATIVA: (Quando repetida)
Ex: Que me atendam que não me atendam, citá-los-ei em Juízo. - Um que outro vai à Índia.

3- ADVERSATIVA: (Com o sentido de mas, porém, contudo, todavia, entretanto...)
Ex: Você pode ir que eu não irei.

4. EXPLICATIVA: (Com o sentido de “por que” “porquanto”)
Ex: Façam silêncio, que Judite está dormindo.


QUE = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA

1. INTEGRANTE:Geralmente entre dois verbos, completando, integrando o sentido do primeiro.
Ex: Verificou que só se ocupava com elas! - Ela quis que ele ficasse em casa.
Não desejamos que tu morras. - Tudo depende de que estudes bastante.
O que quero é que tu voltes logo. - Que você permaneça é o nosso real desejo.

2. COMPARATIVA: (depois de: mais, menos, melhor, pior, como, maior, menor, etc...)
Ex: “Não há maior erro que não conhecer o homem o seu erro”. (Fr. Heitor Pinto)

3- CAUSAL: (Quando o verbo da frase principal não for imperativo. Veja a explicativa)
Ex: Vou depressa, que preciso chegar cedo.

4- CONCESSIVA: (embora, ainda que)
Ex: Gosto de goiabas, verdes que estejam.

5- TEMPORAL: (enquanto, quando)
Ex: Não andam muito que no erguido cume
Se acharam onde um campo se esmaltava. (Camões)

6- FINAL: (a fim de que, para que)
Ex: Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa a que Marte tanto ajuda,
Que se espalhe e se cante no Universo
Se tão sublime preço cabe em verso. (Camões)

7- CONSECUTIVA: (Depois de tal, tanto, tão, etc...)
Ex: É de tal maneira idiota que todos se riem dele.

8- CONDICIONAL: (SE)
Ex: Não fui eu que quebrei o copo, que fosse, que tem você com isso?

 

SE


1- PRONOME SUBSTANTIVO PESSOAL REFLEXICO:
Ex: Pedro feriu-se. - Deixou-se arrastar. - Reservou-se o direito de castigar.

2- PRONOME SUBSTANTIVO PESSOAL RECÍPROCO:
Ex:Deram-se as mãos.Eles se amam reciprocamente. Vocês se esmurraram durante o recreio?

3- PRONOME SUBSTANTIVO APASSIVADOR (Partícula Apassivante - Partícula Apassivadora
- Passiva Pessoal)
Seguindo um verbo transitivo direto que esteja na 3a pessoa, com sentido passivo.
Ex: Alugam-se quartos. - De todas as esmolas que se distribuíram fez-se uma lista.

4- PRONOME SUBSTANTIVO INDEFINIDO: (Passiva Impessoal, Índice de Indeterminação do
Sujeito - Símbolo de Indeterminação do Sujeito, Partícula Indeterminante do Sujeito)
Seguindo um verbo de outra predicação, na 3a pessoa do singular.
Ex: Entra-se na sala. - Sai-se por onde se entra. - Daqui se assiste aos desfiles.
Está-se bem aqui. - Precisa-se de camareiras. - É-se feliz nesta casa.
Morre-se como se vive. (Talis vita, ita finis!)

5- PARTÍCULA DE REALCE: (Pode ser retirada da oração, sem prejuízo do sentido desta).
Ex: Partiram-se jubilosos. - Acreditas no que o Profeta disse? Se creio.
Os campos secam-se, as flores murcham-se, as aves emudecem-se.

6- PARTÍCULA IDIOMÁTICO-VERBAL: Quando vem unido aos verbos pronominais.
É aqui parte integrante do verbo e não se analisa separadamente pois não tem função própria
Para alguns autores é objeto direto ou complemento direto de espontaneidade.
Ex: Absteve-se de votar. Arrependeu-se do crime. Zangou-se com o amigo.
Esquivou-se do perigo.
OBS: VERBOS ESSENCIALMENTE PRONOMINAIS: abster-se, ater-se, apiedar-se,
apropriar-se, arrepender-se, compadecer-se, esquivar-se, condoer-se,congratular-se,
dignar-se, esvair-se, jactar-se, queixar-se, suicidar-se, vangloriar-se.

SE = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA

1- CAUSAL: (Já que, visto que, por que)
Ex: Se não voltas logo, por que deixas aqui teus objetos?

2- CONDICIONAL:
Ex: Irei à tua casa, se não chover à noite. - Iam para o martírio como se fossem para o triunfo.
Obs: Na locução como se, separam-se as duas conjunções, analisando separadamente cada
uma delas: Como = Conjunção subordinativa adverbial conformativa.
(Oração subentendida semiótica - como iam).
Se = Conjunção subordinativa Adverbial condicional.

3- CONCESSIVA: (Embora).
Ex: Se há maus, nem por isso devemos descrer dos bons.

4- INTEGRANTE: (Entre dois verbos, completando, integrando o sentido de um deles).
Ex: Diga-me se sabe a lição. - Pergunta-lhe se trouxe a correspondência.

 

COMO

 

1- VERBO:
Ex: Eu como pouco.

2- ADVÉRBIO INTERROGATIVO DE MODO:
Ex: Como vai?

3- ADVÉRBIO INTERROGATIVO e EXCLAMATIVO DE INTENSIDADE:
Ex: Como vende os pêssegos? - Como chove!

4- PREPOSIÇÃO: (por = na qualidade de, com caráter de)
Ex: Como professor ele é muito prudente. - É tido como sábio.

5- PALAVRA EXPLICATIVA: (No sentido de a saber, assim, isto é)
Ex: Teve boas notas em algumas matérias, como em Matemática, Geografia e História.

6- PALAVRA DE REALCE: (Pode ser retirada da oração, sem prejuízo do sentido desta).
Ex: Sentiu um como estalo na cabeça. - Assim é como se deve falar.

COMO = CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA

1- TEMPORAL: (Quando, logo que)
Ex: O menino, como ouviu isto, deu às de vila-diogo!

2- CAUSAL: ( por que )
Ex: Como estivesse doente, faltou à aula.

3- COMPARATIVA:
Ex: O rapaz era preto como carvão.

4- CONFORMATIVA: (Conforme)
Ex: Respondeu como devia.

5- INTEGRANTE:
Ex: Vê como ele canta bem! Aposto como ele virá para o jantar.
Garanto como ele se apresentará bem.

COMO = CONJUNÇÃO COORDENATIVA

1- ADITIVA: (= E )
Ex: “Assim Saul como Davi eram homens de grandes espíritos”. (Pe. Antônio Vieira)

 

 

 

Significação das palavras

 

Sinônimos

 

São palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

 

Exemplo:

  O faturista retificou o erro da nota fiscal.

  O faturista corrigiu o erro da nota fiscal.

  A criança ficou contente com o presente.

  Eles ficaram alegres com a notícia.

 

Antônimos

 

São palavras que apresentam significados opostos, contrários.

 

Exemplo:

  Precisamos colocar ordem nessa baderna, pois já está virando anarquia.

  Cinco jurados condenaram e apenas dois absolveram o réu.

 

Homônimos

 

São palavras que apresentam a mesma pronúncia ou grafia, mas significados diferentes.

 

Exemplo:

 Eles foram caçar, mas ainda não retornaram. (caçar – prender, matar)

 Vão cassar o mandato daquele deputado. (cassar – ato ou efeito de anular)

 

Os homônimos podem ser:

 

Homônimos homógrafos;

Homônimos homófonos;

Homônimos perfeitos.

 

Homônimos homógrafos

 

São palavras iguais na grafia e diferentes na pronúncia.

 

Exemplos:

 Almoço (ô) – substantivo

Almoço (ó) – verbo

Jogo (ô) – substantivo

Jogo (ó) – verbo

Para – preposição

Pára – verbo

 

Homônimos homófonos

 

São palavras que possuem o mesmo som e grafia diferente.

 

Exemplos:

Cela – quarto de prisão

Sela – arreio

Coser – costurar

Cozer – cozinhar

Concerto – espetáculo musical

Conserto – ato ou efeito de consertar

 

Homônimos perfeitos

 

São palavras que possuem a mesma pronúncia e mesma grafia.

 

Exemplos:

 

Cedo – verbo

Cedo – advérbio de tempo

Sela – verbo selar

Sela – arreio

Leve – verbo levar

Leve – pouco peso

 

 

 

 

Parônimos

 

São palavras que possuem significados diferentes e apresentam pronúncia e escrita parecidas.

 

Exemplos:

Emergir – vir à tona

Imergir – afundar

Infringir – desobedecer

Infligir – aplicar

 

Relação de alguns homônimos

Acender – pôr fogo

Ascender – subir

Acento – sinal gráfico

Assento – tampo de cadeira, banco

Aço – metal

Asso – verbo (1ª pessoa do singular, presente do indicativo)

Banco – assento com encosto

Banco – estabelecimento que realiza transações financeiras.

Cerrar – fechar

Serrar – cortar

Cessão – ato de ceder

Sessão – reunião

Secção/seção - divisão

Cesto - cesta pequena

Sexto – numeral ordinal

Cheque – ordem de pagamento

Xeque – lance no jogo de xadrez

Xeque – entre os árabes, chefe de tribo ou soberano

Concerto – sessão musical

Conserto – reparo, ato ou efeito de consertar

Coser – costurar

Cozer – cozinhar

Expiar – sofrer, padecer

Espiar – espionar, observar

Estático – imóvel

Extático – posto em êxtase, enlevado

Estrato – tipo de nuvem

Extrato – trecho, fragmento, resumo

Incerto – indeterminado, impreciso

Inserto – introduzido, inserido

Chácara – pequena propriedade campestre

Xácara – narrativa popular

 

Relação de parônimos

 

Absolver – perdoar

Absorver – sorver

Acostumar – habituar-se

Costumar – ter por costume

Acurado – feito com cuidado

Apurado – refinado

Afear – tornar feio

Afiar – amolar

Amoral – indiferente à moral

Imoral – contra a moral, devasso

Cavaleiro – que anda a cavalo

Cavalheiro – homem educado

Comprimento – extensão

Cumprimento – saudação

Deferir – atender

Diferir – adiar, retardar

Delatar – denunciar

Dilatar – estender, ampliar

Eminente – alto, elevado, excelente

Iminente – que ameaça acontecer

Emergir – sair de onde estava mergulhado

Imergir – mergulhar

Emigrar – deixar um país

Imigrar – entrar num país

Estádio – praça de esporte

Estágio – aprendizado

Flagrante – evidente

Fragrante – perfumado

Incidente – circunstância acidental

Acidente – desastre

Inflação – aumento geral de preços, perda do poder aquisitivo

Infração – violação

Ótico – relativo ao ouvido

Óptico – relativo à visão

Peão – homem que anda a pé

Pião – brinquedo

Plaga – região, país

Praga – maldição

Pleito – disputa eleitoral

Preito – homenagem

 

POLISSEMIA

 

É o fato de uma palavra ter mais de uma significação.

 

Exemplo:

  Estou com uma dor terrível na minha cabeça. (parte do corpo)

Ele é o cabeça do projeto. (chefe)

  Graves razões fizeram-me contratar esse advogado. (importante)

  O piloto sofreu um grave acidente (trágico)

   Ele comprou uma nova linha telefônica. (contato ou conexão telefônica)

   Nós conseguimos traçar a linha corretamente. (traço contínuo duma só dimensão)

 

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

 

As palavras podem ser usadas no sentido próprio ou figurado.

  Exemplo:

  Janine tem um coração de gelo. (sentido figurado)

  Sempre tomo uísque com gelo. (sentido próprio)

 

DENOTAÇÃO

 

É uso da palavra com seu sentido original, usual.

  Exemplo:

  A torneira estava pingando muito.

  O sol brilhava intensamente hoje.

 

CONOTAÇÃO

 

É o uso da palavra diferente do seu sentido original.

  Exemplo:

  Ele tem um coração de manteiga.

  É um verdadeiro mar de emoções essa música.

 

 

 

 

 

 

Figuras de Linguagem

 

Figuras de palavras

Metáfora: quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria.  “O tempo é uma cadeira ao sol, e nada mais.”

Comparação : quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam.   “Meu amor me ensino a ser simples / Como um largo de igreja.” (Cecília Meireles)

Metonímia: quando há substituição de uma palavra por outra, havendo entre ambas grau de semelhança, relação, proximidade de sentido, ou implicação mútua.  O continente pelo conteúdo e vice-versa - Antes de sair, tomamos um cálice de licor / O conteúdo de um cálice - A âncora pesada do sal feria. /  A causa pelo efeito e vice-versa - “E assim o operário ia  com suor e com cimento... /  autor pela obra - Ela aprecia ler Jorge Amado. /  O instrumento pela pessoa que o utiliza -  Ele é um bom garfo.

Sinédoque: quando há substituição de um tempo por outro, havendo ampliação ou redução do sentido usual da palavra:  “A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo.”

Catacrese: “é uma espécie de metáfora desgastada, em que já não se sente nenhum vestígio de inovação, de criação individual e pitoresca: folhas de livro ; pé de mesa ; dente de alho ; braço do rio ; céu da boa ; leito do rio

Figuras de harmonia

Aliteração : quando há repetição da mesma consoante ou de consoantes similares, geralmente em posição inicial da palavra: “Toda gente homenageia Januária na janela.” “Quando essa preta começa a tratar do cabelo.

Assonância: quando há repetição da mesma vogal ao longo de um verso ou poema: “Sou Ana, da cama da cana, fulana, bacana Sou Ana de Amsterdam.”

Paranomásia: quando há reprodução de sons semelhantes em palavras de significações diversas:       “Berro pelo aterro pelo desterro , berro por seu berro pelo seu erro.

Onomatopéia: quando uma palavra o conjunto de palavras imita um ruído ou som.

Figuras de pensamentos

Antítese: quando há aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos: Uns nos querem mal, e fazem-nos bem.

Paradoxo: aproximação de palavras de sentido oposto, mas de idéias que se contradizem. É uma verdade enunciada com aparência de mentira.   “O mito é o nada que é tudo

Eufemismo: uma palavra ou expressão é empregada para atenuar uma verdade tida como penosa, desagradável ou chocante: Ele passou dessa para melhor.

Gradação: quando há uma seqüência de palavras que intensificam uma mesma idéia: Ele cantou, dançou, sorriu e se jogou no mar.

Hipérbole: quando há exagero de uma idéia, a fim de proporcionar uma imagem emocionante e de impacto: “Rios te correrão dos olhos, se chorares!”

Ironia: quando, pelo contexto, pela entonação, pela contradição de termos, sugere-se o contrário do que as palavras ou orações parecem exprimir. A intenção é depreciativa ou sarcástica: “As moças entrebeijam-se porque não podem morder-se umas às outras.

Prosopopéia: quando se atribui movimento, ação, fala, sentimento, enfim, caracteres próprios de seres animados a seres inanimados ou imaginários: “... a Lua  tal qual a dona do bordel pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel”

Perífrase/Antonomásia: quando se cria um torneio de palavras para expressar algum objeto, acidente geográfico, indivíduo ou situação que não se quer nomear:       “Cidade maravilhosa, cidade luz...

Figuras de sintaxe

Assíndeto: quando orações ou palavras que deveriam vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem justapostas ou separadas por vírgulas:       “Fere, mata, derriba denodado...”

Elipse: quando omitimos um termo ou oração que facilmente podemos identificar ou subentender no contexto. Pode ocorrer na supressão de pronomes, conjunções, preposições ou verbos:  “Veio sem pinturas, em vestido leve, sandálias coloridas.”

Zeugma: quando um termo já expresso na frase é suprimido, ficando subentendida sua repetição:       “Foi saqueada a vila, e assassinados os partidários dos Filipes.

Anáfora: quando há repetição intencional de palavras no início de um período, frase ou verso: “Grande no pensamento, grande na ação, grande na glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhecido e só.” (Rocha Lima)

Pleonasmo: quando há repetição da mesma idéia, isto é, redundância de significado: “Morrerás morte vil na mão de um forte.”

Polissíndeto: quando há repetição enfática de uma conjunção coordenativa mais vezes do que exige a norma gramatical (geralmente a conjunção e ):  “Vão chegando as burguesinhas pobres, e as criadas das burguesinhas ricas  e as mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.”

Hipérbato: quando há uma inversão complexa de membros da frase:  “Passeiam, à tarde, as belas na Avenida.”

Anacoluto: quando há interrupção do plano sintático com que se inicia a frase, alterando-lhe a seqüência lógica. A construção do período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem função sintática definida: “Essas empregadas de hoje, não se pode confiar nelas”

Silepse: quando a concordância não é feita com as palavras, mas com a idéia a elas associada:       “O animal é tão bacana mas também não é nenhum banana.” / “Corria gente de todos lados, e gritavam” / “A gente não sabemos escolher presidente.